Menina

Sou menina ainda, moço,
e ficava imaginando desenhos bonitos nas nuvens,
escrevia seu nome incontáveis vezes pelas folhas do meu caderno,
esperava ansiosa pela sua chegada,
ao te ver,
o coração pulsava forte e suspirava assim,
boba mesmo.

Sou bem menina ainda, moço,
fazia chocolates em formas de coração para te presentear,
vivia a cantarolar essas canções de amor,
inventava joguinhos para que você me decifrasse,
desenhava nós dois de várias maneiras,
mas sempre juntos,
com o pensamento de nos eternizar.

Sou menina ainda, moço,
e essas feridas que você fez aqui dentro,
isso não se faz, não.
Esperei que cicatrizassem feito gente grande.

Moço, eu sou menina ainda.
Acredite.
Só que não mais a sua menina.

Comentários

Anônimo disse…
cuide-se!

uma palavra apenas e com todo o significado do mundo.

seja a menina que é, a mulher que será. estas, somadas, serão encontradas.

:*
Que texto terno. Porque exala doçura, inocência, amadurecimento.

Que a luz de Deus continue abençoando você com essa ternura de sempre.

Um 2011 repleto de muitas conquistas e realizações viu. Muito amor e carinho!

Beijos!
Belo texto, um dia escrevi um bem parecido, mas jamais cheguei a completá-lo. Ficou com uma amiga minha, apreciadora do meu trabalho, rs.

Adorei a postagem ;)
Jaya Magalhães disse…
Você é menina ainda, moça. Menina-moça. E o segredo é que, na verdade, acho que todas somos. Às vezes parece que crescemos e até posamos de gente grande, mas é pura bobagem. O lado de dentro, esse que sente, nunca vai ter idade nem tamanho.

E as cicatrizes todas são costuradas, moça, bonecas de pano que sempre seremos, o tempo se responsabiliza por coser linha nova. (:

Um beijo para você, Carlinha.

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