(Re) Encontros

Você, enfim, chegou e me fez sua, tirou a minha roupa essa noite, mas já havia despido a minha alma há muito tempo. Eu estava construindo algumas proteções e alguns escudos, a fim de que essa entrega não acontecesse mais. Ao menos não agora e principalmente não com você. Mas sobre algumas situações a gente não tem controle e tampouco escolhemos o que sentir; e que bom que não. Você sempre soube me desarmar desse teu jeito louco que nem eu sei o porquê. Eu gosto de problema, te disse, talvez seja isso. Mas vimos que sabemos resolver e nós já tínhamos consciência disso, né?! Eu não estou apaixonada e nem quero estar, mas eu quero o seu corpo entrelaçado ao meu, quero você sussurrando no meu ouvido, puxando o meu cabelo e dizendo que sou safada e sua puta, quero você suando em mim e me fazendo ficar maluca com as suas provocações, quero subir em você e me sentir te dominando, ali, na cama, e depois você virar o jogo e mostrar quem é que manda (também). Mas além disso, eu quero me vestir apenas com uma camisa sua, sentar e conversar com você, com o cabelo desarrumado, olhos borrados de rímel e falar sobre política, lugares, sentimentos, pessoas e sobre a vida, te contar meus medos, segredos, pensamentos e te ouvir sobre o que quiser falar ou somente a sua respiração mesmo. Quero desenhar a sua boca com o olhar, contar mentalmente as suas inúmeras pintas do rosto e distribuir beijinhos pelo seu corpo. E quero, principalmente, você livre, pra voltar sempre pra mim, como hoje; que entre tantos desencontros, estamos nós, aqui, nos encontrando de novo.


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