Ponto final

Eu te quis tanto um dia que me afoguei nos meus desejos por você, anulei os meus anseios por viver em outras pessoas; e logo eu, tão cheia de vontade de sempre mais e de experimentar o desconhecido. Você me intrigava, instigava, desafiava as minhas certezas e os meus medos por uma entrega assim, tão incerta e inconstante. Eu não quis saber, me joguei de cabeça na sua confusão, nomeei de “nosso romance” e displicentemente romantizei todas as suas atitudes, o corpo quente que me esquentava quando eu sentia frio, as palavras doces que inauguravam os meus dias, as músicas que cantarolava quando queria me fazer sorrir, o teu jeito de me decifrar tentando ler nas minhas entrelinhas, e também a sua maneira de enxergar a vida, sempre tão desprendido. Você me tinha de uma tal forma, que nem eu pertencia a mim mesma tanto assim. E isso me custou tanto, me quebrou, fiquei perdida, por pura inocência ou talvez por burrice mesmo. Pois é uma grande tolice sermos tanto de alguém ao ponto de nos perdermos de nós mesmos. E eu fui…

Mas hoje eu sou minha, eu me reconstruí. 

Comentários

Anônimo disse…
E que sirva de lição pra você e pra mim, ninguém é tão digna do nosso amor senão nossa sanidade mental e sentimental!

O amor próprio é o único amor mais bonito que o materno!

Amo você e se cuide.

Seja sempre sua prioridade <3

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