Vendaval
Nem nos meus pensamentos mais atrevidos eu ousei imaginar que viveria esse tanto de coisas incríveis que tenho vivido contigo. E nesse tão pequeno espaço-tempo. Você foi tipo um vendaval, sabe?! Chegou, alvoroçou tudo por aqui e passou. Duas vezes.
Na primeira vez, eu achei que tinha encontrado o meu amor do forró, com quem eu dançaria até os pés não aguentarem mais e eles pediriam pra parar, então terminaríamos na dança dos corpos enlaçados, suados e gozados na cama. Não foi! Apesar das nossas incontáveis noites de prazer, suas cicatrizes e questões surgiram. Então o primeiro vendaval aconteceu.
Na segunda vez, eu não queria, pensei, inocentemente, que o nosso tempo já tinha passado. Besteira! Você reapareceu de mansinho, com esse seu jeitinho todo doce, pelas ladeiras de Santa Teresa, mais uma vez, ao som de um forrozin, e com a observação da amiga que mal te viu e disse "uma cara de quem não vale nada desse homem, amiga". E eu respondi "eu sei, mas dessa vez eu tô vacinada".
Mas meu bem, acho que a dose venceu.
Dessa vez você veio com uma data exata de partida, o nosso "adeus" já tem dia e hora marcados. E pra ser sincera, não sei definir os sentimentos em relação a isso. Estou deixando para racionalizar depois que você for. Enquanto há tempo, quero dançar xote, baião e até xaxado com você, perder todos os meus juízos e encontrar deliciosos ápices no inesperado.
E dois pra lá e dois pra cá é tão melhor de dançar, se tenho você como o meu par.
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